Para nós, sermos criadores destas maravilhosas raças (Norueguês da Floresta, Ragdoll e British Shorthair) é sacrificar nossos interesses pessoais, financeiros, tempo, amizades, e abdicar de ter em casa tapetes, e objetos de decoração bonitos. Deixar de lado os sonhos de fazer férias luxuosas em prol de estar sempre perto dos gatos.
É recusar um convite para jantar porque temos um parto a fazer, ou porque temos que ajudar a dar de comer aos recém nascidos. Não nos importa os fluidos desagradáveis que saem na hora do parto, e se é preciso fazer respiração boca a boca em um recém nascido para salvar-lhe a vida, dando praticamente o sabor da vida a esta criatura desprotegida e terna .
Um criador é como a cabeça de uma família. Ele sente responsabilidade pela raça, pelos gatos que cria, pelos que espera criar e também por todas as pessoas que têm gatos de sua criação. Ele gasta tempo e dinheiro sem limite em assuntos que julga ser de interesse para a sua raça.
É essa responsabilidade incomum, combinada com o sentido de continuidade, que marca a grande diferença entre o verdadeiro criador e um mero produtor de gatos.
O Criador não é um produtor ou comerciante de filhotes que apenas estão interessados em fazer dinheiro, vendendo filhotes como mercadoria para qualquer pessoa que possa pagar o preço…
O criador preocupa-se, cuida, e é acima de tudo consciente. Um verdadeiro apaixonado pela raça e seus gatos.
O verdadeiro criador, mesmo que o cuidado dispensado a seus gatos possa lhe causar noites de insônia e aborrecimentos, ele nunca deixará que um único filhote saia de sua casa para outro lar que não seja tão bom ou melhor que aquele onde foi criado. E, mesmo após a venda, a ajuda e os conselhos não acabam, mas continuam pelo resto da vida do gato. Essa responsabilidade é aceita com alegria, sem espera de qualquer recompensa.